terça-feira, dezembro 29, 2009

Coisas que não passam no telejornal

A small number of Iranian troops entered Iraq, where they took control of an oil well and raised the Iranian flag Dec. 18. [2009]

Neste mesmo dia, os vários canais de televisão portugueses abriam o boletim noticioso com uns fait-divers da conferência em Copenhaga, seguido das imagens de um jantar particular onde um conhecido dirigente desportivo arrotava postas de pescada por causa dum red bull. A emissão seguia com episódios da vida dum imberbe chamado cr7 ou 9 (não me lembro bem).

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Réssuss!

Ainda não decidi qual será a saloiíce mais deprimente: se as barbas sino-americanas do coca-cola trepador, se o estandarte supersticioso do el niño filipino.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Prova de que a situação não é grave

Devemo-la apenas à nossa estupidez.



(daqui)

terça-feira, dezembro 15, 2009

World Music

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Os dentes do Caimão

Então quer dizer que o facto de o Berlusconi ter saído do carro depois de ter levado com uma miniatura da catedral de Milão nas trombas é um acto de coragem.

Mas o que é que o homem podia temer?? Depois de ter a boca toda partida. Depois de o seu agressor estar já controlado pela segurança. De que é que Berlusconi devia ter medo? De ser novamente agredido, desta vez com uma réplica em tamanho natural da torre de Piza?

Qual coragem, qual quê. O que o Caimão fez foi mostrar o sangue aos fotógrafos e garantir a vitimização. Merece-a? Sem dúvida. Pagou-a com o sangue. Literalmente. Coragem? Give me a break...

domingo, dezembro 13, 2009

Nach Heim!

sábado, dezembro 12, 2009

Como ganhar 13 euros e quinze cêntimos sem fazer nada

Na Fnac portuguesa, tradução do sueco para inglês e deste para português:


Na Amazon alemã, tradução do sueco para inglês:

quinta-feira, dezembro 10, 2009

A lei do sangue e a lei da terra

Lei da Nacionalidade, constituição da república portuguesa (lei n.º 37/81 de 3 de Outubro)

"1- São Portugueses de origem:
a)...
b)...
c) Os indivíduos nascidos em território português filhos de estrangeiros que aqui residam habitualmente há, pelo menos, seis anos e não estejam ao serviço do respectivo Estado, se declararem que querem ser portugueses;
d)..."

Lei da Nacionalidade, carta constitucional do reino, 1826 (em vigor até 1910):

"São Cidadãos* Portugueses:

§1º
Os que tiverem nascido em Portugal, ou seus domínios, e que hoje não forem cidadãos brasileiros, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço da sua Nação.
§2º...
§3º...
§4º..."


(inspirado num pormenor desta reportagem de NR Almeida)

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* que engraçado, não se chamavam "súbditos"...

sábado, dezembro 05, 2009

Sic e sem mais comentários

Um estudo encomendado pela Comissão Europeia (CE) e realizado por quatro investigadores do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) concluiu que as universidades públicas portuguesas gerem mal os seus recursos e que, no período em análise, entre 1998 e 2005, foram das mais ineficientes entre os 28 países analisados.

(...)

Mesmo assim, este até nem era, no período em análise, dos piores resultados do País, uma vez que, neste ranking, Portugal surgia em 16.º lugar, frente da França e do Japão e logo atrás da Espanha.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Já nem aos vilões têm respeito

Ontem estava a dar o "Amistad". Foi assim, por preguiça e não por escolha, que vi esta spielbergada* pela primeira vez.

Há por ali uns vilões espanhóis e outros americanos. Mas isso era da ganância, uma fraqueza que, independentemente do contexto histórico, o americano médio considera sempre atenuante.

Apesar de se ficarem pelo cameo, os verdadeiros mauzões da fita são os sinistros portugueses do navio-negreiro "Teraca".
São tão maus, tão maus, mas tão maus, que não só a barca tem bandeira estado-unidense como os nossos antepassados marinheiros falam o espanhol mais escorreito que alguma vez se ouviu do lado de cá da Tapobrana.

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* por si só, uma nova classe de pessegada

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Viva Portugal

Não podemos confiar nos estrangeiros para governar o nosso país. Da última vez que isso aconteceu meteram-nos em brigas que não nos diziam respeito e arranjaram-nos zangas com pessoal que era nosso amigo desde sempre (nail with flesh, como estes amigos costumam dizer).
Neste entretanto lá se foram São Jorge da Mina, Ormuz, a nossa influência no Japão, Salvador, Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe...
No fim, depois de nos vermos livres dos vizinhos, lá conseguimos expulsar os Holandeses de Angola, S. Tomé e Príncipe e do Brasil e tomar conta dos nossos assuntos.

O problema é que... não podemos confiar nos portugueses para governar o nosso país.
Neste entretanto lá se foram São Jorge da Mina, Ormuz, a nossa influência no Japão, Salvador, Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, etc, etc, etc...

E agora retiro o que disse na posta anterior. Qual pobreza atávica qual quê! Só um país milionário poderia ter perdido tanto como Portugal perdeu ao longo da sua história, e continuar a perder até ao dia de hoje.
Que, por certo, foi magnífico para mim.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Antes que o dia acabe

Não quero deixar de agradecer aos nossos amigos catalães, especialmente aos ceifeiros (els segadors) a sua contribuição para o feriado que hoje celebramos.
Não fora a sua revolta, em Junho de 1640, e a sublevação que se lhe seguiu, e a esposa de D. João IV talvez não precisasse de insistir com o marido para este aceitar a coroa de Portugal.
Agradeço aos ceifeiros mas também à oligarquia catalã que, percebendo que era tão alvo da revolta popular quanto Castela, se foi meter debaixo das saias de Richelieu e de Luis XIII.
Um último agradecimento à pobreza atávica deste país. Única razão pela qual Filipe IV, colocado entre a espada franco-catalã e a parede portuguesa, escolheu enviar o seu exército para nordeste.
A todos o meu muito obrigado.
Hoje o meu dia foi fenomenal.

Piadinha irresistível



Heidi diz 'não' aos minaretes

1.º de Dezembro

Na madrugada de há 369 anos atrás, meia-dúzia de revolucionários dizia ao rei de espanha: "porque não te calas?"