sexta-feira, junho 30, 2006

"Colaboradores" de hoje, patrões de amanhã

Porque alguns deles lêem (e às vezes até escrevem em) blogues mas não tocam nos jornais, a crónica de hoje no DN por alguém com o qual nem sempre concordo.

quinta-feira, junho 29, 2006

Contabilidade geopolítica

1 barril de petróleo = 1 barril de pólvora.

domingo, junho 25, 2006

Nanosoft

Chegou-me ao conhecimento, embora por interposta pessoa, que alguns visitantes deste blogue estariam a observar alguma desformatação da página aquando do seu visionamento por meio de PC.
Verificando-se esta situação, completamente alheia à nossa vontade, só nos resta pedir profusamente desculpas pelo sucedido e desejar um rápido reestabelecimento em equipamento MacIntosh.

sábado, junho 24, 2006

Boa vizinhança


O GIGANTE DE TELECOMUNICAÇÕES CHINÊS Huawei tem a sua sede lisboeta ali para os lados do Rego. Mais precisamente, o edifício da empresa encontra-se entre a Bolsa de Lisboa e a sede nacional do Partido Comunista Português... A geografia a confirmar o chavão "um país, dois sistemas".

quinta-feira, junho 22, 2006

Entretanto, em Timor Leste

Do blogue Timor Online:

"(...)
Os militares australianos tem sido cada vez mais agressivos dizendo às pessoas que Alkatiri é o 'ex-Primeiro-Ministro” e a perguntarem às pessoas quem é que elas apoiam. Hoje hastearam a bandeira da Austrália no edifício da Educação Não-Formal em Vila Verde, depois de terem impedido o içar da bandeira de Timor-Leste. Estas instalações são utilizadas pelo Ministério da Educação e também utilizado como dormitório por alguns soldados australianos.
(...)
"

Por Peter Murphy, secretário da Social Education and Research Concerning Humanity (SEARCH) Foundation, ONG baseada na Austrália, em Díli, 21 de Junho de 2006.

terça-feira, junho 20, 2006

Segredo de Polichinelo

O problema de Patrick Monteiro de Barros não é não perceber rigorosamente nada de energia nuclear.
O problema é que nem tem precisado de tentar perceber ou forçado a disfarçar essa ignorância.

Simulacro da central dita "EPR" (European Pressurised Reactor), consórcio entre a Siemens AG e a francesa Areva, em construção na Finlândia e com entrada em funcionamento em 2009.

quinta-feira, junho 15, 2006

E agora o futebol: antes que eles ganhem alguma coisa

Scolari já levou a selecção Portuguesa mais longe do que alguma vez ela foi.

No entanto, é perseguido na imprensa como poucos o foram.

Porquê?

Em primeiro lugar porque não é um lacaio de Pinto da Costa. A lógica do presidente do FCP é implacável e a selecção compete com o FCP pelos patrocínios das empresas. A selecção é apenas útil se servir de montra aos jogadores do FCP. Pinto da Costa tem razão, quem paga os salários são os clubes mas a federação tem enormes lucros com a selecção.

Em segundo lugar porque é Brasileiro mas acima de tudo porque é estrangeiro e chegou aqui com uma lógica vencedora e anti-paroquiana. Abanou o status quo. Isso não é perdoável por todos aqueles treinadores de bancada que só por usarem gravatas à PP acham que compram a respeitabilidade necessária para dizerem todo o tipo de disparates.

Scolari tem mentalidade ganhadora, pensa fora da caixa e sabe gerir a imagem. É bom e sabe vender bem uma imagem que corresponde à realidade. Num país onde a imagem é geralmente o oposto daquilo que se é, onde se prefere os salamaleques hipócritas à confrontação honesta e corajosa, Scolari é culpado do pecado original.

Mas Scolari é uma lufada de ar fresco neste país de mesquinharia e mediocridade.

Antes que ganhe ou perca e se vá embora, vale a pena dizer: Obrigado Scolari.

quarta-feira, junho 07, 2006

A crise timorense explicada às criancinhas

Dois terços do Mar de Timor pertencem a Timor-Leste.
O Mar de Timor tem muito, muito petróleo (e não só).
A Austrália queria todo esse petróleo para ela. Todo? Bom, pelo menos quase todo.
Há uns meses atrás, o primeiro-ministro de Timor fez finca-pé e quase ganhou.

A Austrália não gostou e logo disse de si para si: "vou vêr se consigo enviar muitos soldados para Timor-Leste para demitir esse primeiro-ministro reguila e ficar eu a mandar no país".
E se bem o pensou, melhor o fez.

Peço desculpa por estas interrupções...

... O programa seguirá dentro de semanas.

Entretanto, aproveito para dar as boas-vindas a um novo (desde Maio) blogue, o 8 e coisa, nove e tal.
É um blogue exclusivamente de mulheres mas não pretende falar exclusivamente de mulheres, o que só lhe fica bem. Entre a gregueria, o desabafo e a crítica, há linhas abruptas que dá mesmo gosto ler.

Ali fica, no topo dos Sabores da Semana (sem segundos sentidos) para vosso gozo e até chegar o senhor/a que se segue.

segunda-feira, junho 05, 2006

Tuga Outsorcing

Dizem que o Estado Português tem funcionários a mais.

Parece ser claro que não tem dinheiro para os sustentar.

Dizem que estes funcionários trabalham pouco, ou não fazem mesmo nada.

Vai daí que o Estado, através da lei da mobilidade, vai colocar milhares desses funcionários num "quadro de excedentes".

Aqui, o estado vai logo poupar uns bons cobres em "gadgets" e subsídios que vai deixar de pagar.

Depois vai permitir que estes funcionários passem a trabalhar em empresas privadas, pagando-lhes parte do ordenado.

Ou seja, o Estado vai subsidiar as empresas que lhe aceitem a malta excedentária.

No entanto, esta situação depende da vontade dos excedentários em deixarem de ser funcionários ociosos.

Dei comigo a pensar que o estado se vai posicionar no mercado como fornecedor de serviços de outsorcing.

Não vou alimentar as teses miderabilistas tipo: "Vende-se manga d'alpaca, ... com conhecimentos de Windows e Office ( utilização de um a dois dedos de cada vez )...".

Pelo contrário, penso que o posicionamento do Estado deve ser mais agressivo.

Deve começar por criar uma Empresa Pública de Gestão de Recursos Humanos do estado, mesmo que começasse com a designação vetusta de EMPUGESTRECHU ( aceitam-se ideias! ).

Esta empresa será encarregue da gestão e colocação no mercado de 100 a 200 mil trabalhadores de serviços em regime de outsorcing.

Esta inundação do mercado de trabalho porá uma forte pressão de baixa nos salários das empresas privadas.

Por outro lado, vai equivaler, em termos de força de mão de obra, a aceitar em Portugal 100 ou 200 mil novos imigrantes, porventura menos qualificados que os Ucranianos.

Mas o país fica muito bem posicionado para tirar partido da Directiva Comunitária de liberalização dos Serviços.

Fintamos toda a gente ( talvez valha a pena aproveitar o mundial de futebol ) ao criarmos do nada uma nova empresa de outsorcing com pessoal razoavelmente qualificado.

Nem a Índia nos consegue passar a perna.

Depois, entrega-se a empresa à gestão privada, que logo lhe muda o nome para Tuga Outsorcing ( a branding ainda não vai estar a funcionar em pleno! ).

A agressividade comercial aumenta e passamos a ser a base da indústria de serviços Europeia.

Quando a empresa dá enormes lucros ao estado, privatiza-se e cria-se uma das maiores consultoras privadas do mundo.

Para nome. um génio do brande encontra um nome fabuloso que recolhe aplauso unânime: Portugal, Portugal Outsorcing, e o logo é o simbolo dos templários.

Depois acordei, banhado em suor.

Que ideia bizarra!